5 MANGÁS LGBTQIA+ QUE GOSTARÍAMOS DE TER AQUI NO BRASIL
Hoje iniciamos a celebração do Mês do Orgulho LGBTQIA+. A comemoração faz referência ao evento ocorrido no bar Stonewall Inn em Nova York, nos EUA (ponto de encontro dos marginalizados da sociedade, na época), em 28 de junho de 1969 e é considerado o marco do movimento de liberação gay e o momento em que o ativismo pelos direitos LGBTQIA+ ganha o debate público e as ruas.
*Durante o mês de junho soltaremos algumas curiosidades sobre a Comunidade em nossas redes socias. FIQUE LIGADO!
Para dar start nas celebrações, vamos recomendar alguns Mangás LGBTQIA+ que gostaríamos de ter aqui no Brasil e que fazem jus a representação positiva do movimento. Confira:
5. Kieta Hatsukoi (My Love Mix-Up!)

Título: Kieta Hatsukoi
Kanji: 消えた初恋
Inglês: My Love Mix-Up!
Tipo: Mangá
Volumes: 4
Status: Desenvolvimento
Publicação: 13 de Jun/19
Gênero: Boys' Love
Serialização: Bessatsu Margaret
Autor(a): Wataru Hinekure
Ilustrador(a): Aruko
Sinopse: Souta Aoki é apaixonado por uma garota de sua escola, Mio Hashimoto. Um dia, ao pedir uma borracha emprestado para ela, Aoki vê na borracha o nome de Ida Kousuke escrito nela. O problema é que Ida vê a borracha nas mão de Aoki e supõe que Aoki goste dele. Para evitar que Hashimoto tenha seus sentimentos descobertos, Aoki mente para Ida que gosta dele. Começa aí um complicado triângulo amoroso, com sentimentos que começam com uma mentira, mas se tornam verdadeiros.
"Kieta Hatsukoi" é um shoujo, mas com um relacionamento entre dois meninos mais para frente na história. O mangá também recebeu um dorama que fez bastante sucesso e alavancou as vendas do mangá. Fãs de "Ao no Flag", já lançado no Brasil, iriam gostar bastante de "KieKoi" (abreviação). Mas, enquanto "Ao no Flag" é mais voltado para o drama, "KieKoi" é uma comédia. Nesse mangá também temos um protagonista percebendo que mesmo tendo gostado de uma garota antes, isso não o impede de gostar de um garoto também.
4. Fukakai na Boku no Subete wo (Love Me for Who I Am)

Título: Fukakai na Boku no Subete wo
Kanji: 不可解なぼくのすべてを
Inglês: Love Me for Who I Am
Tipo: Mangá
Volumes: 5
Status: Finalizado
Publicação: 1 de Jun/18 a 5 de Mar/21
Gênero: Comédia, Drama, Romance
Serialização: Comic MeDu
Autor(a): Kata Konayama
Ilustrador(a): Kata Konayama
Sinopse: Mogumo é uma pessoa não-binária, não se identifica totalmente como homem ou mulher. Mogumo vive isolade de seus colegas de classe. Mas um dia elu conhece Tetsu, um garoto que leva Mogumo para conhecer um maid café, aonde garotos praticam cross-dressing. Mas Mogumo fica triste e diz que não é um garoto que faz cross-dressing. Tetsu então acalma Mogumo e diz que elu será aceito não importa sua identidade de gênero. Nesse café, Mogumo conhece várias pessoas e todos passam por uma jornada de autodescobrimento e aceitação.
"Love Me for Who I Am" é um mangá que fala de algo ainda pouquíssimo explorado: a não-binaridade. Nesse mangá, temos um protagonista não-binário, algo muito raro de acontecer. E isso é muito bem desenvolvido no mangá, além de trazer outros personagens trans e lidar com o assunto da sexualidade dos personagens. Love me for who I am também mostra as relações familiares e as dificuldades ao "sair do armário".
3. Hourou Musuko (Wandering Son)

Título: Hourou Musuko
Kanji: 放浪息子
Inglês: Wandering Son
Tipo: Mangá
Volumes: 15
Status: Finalizado
Publicação: 12 de Nov/02 a 12 de Jul/13
Gênero: Drama, Romance, Slice of Life
Serialização: Comic Beam
Autor(a): Takako Shimura
Ilustrador(a): Takako Shimura
Sinopse: Shuuichi Nitori é um aluno do quinto ano que gosta de cozinhar e sempre foi visto como um garoto feminino. Quando ele transfere de escola, ele acaba sendo confundido com sua irmã mais velha. Então, ele acaba se sentando ao lado de Yoshino Takatsuki, uma garota alta que todos chamam de Takatsuki-kun. Ambos possuem segredos que não querem que ninguém saiba.
Takako Shimura é uma mangaká incrível e ela trabalha muito bem temas LGBTQIA+ em suas obras. "Hourou Musuko" é um mangá muito sensível e que lida muito bem com a transsexualidade dos personagens, sendo uma das melhores obras que abordam esse assunto.
2. Boys Run the Riot

Título: Boys Run the Riot
Kanji: ボーイズ・ラン・ザ・ライオット
Tipo: Mangá
Volumes: 4
Status: Finalizado
Publicação: 27 de Jan/20 a 14 de Out/20
Gênero: Drama, Slice of Life
Serialização: Young Magazine (Weekly)
Autor(a): Keito Gaku
Ilustrador(a): Keito Gaku
Sinopse: Ryou Watari é um garoto trans que vive preso a um corpo com o qual não se identifica. Ele consegue se libertar e expressar-se através da moda. Um dia, um novo aluno, Jin, é transferido para a sala de Ryou. Jin e Ryou se tornam amigos por seu gosto em comum por moda e juntos decidem lançar uma marca de roupas.
"Boys Run the Riot" fez um sucesso absoluto aonde foi publicado, além de ser um mangá que mostra a vivência de um personagem trans através do olhar de um mangaká que também é um homem trans. Histórias assim são difíceis de encontrar. "Boys Run the Riot" também explora a moda e o graffiti de forma inspiradora e mostra vivências de outros personagens trans, trazendo também debates interessantes sobre sexualidade.
1. Shimanami Tasogare (Our Dreams at Dusk)

Título: Shimanami Tasogare
Inglês: しまなみ誰そ彼
Inglês: Our dreams at Dusk
Tipo: Mangá
Volumes: 4
Status: Finalizado
Publicação: 6 de Mar/15 a 23 de Mai/18
Gênero: Drama, Slice of Life
Serialização: HiBaNa
Autor(a): Yuhki Kamatani
Ilustrador(a): Yuhki Kamatani
Sinopse: Na cidade de Onomichi, no topo de uma colina íngreme, fica um salão aberto a todos. Tasuku Kaname é um garoto passando por uma situação difícil depois de ter sido "tirado do armário" por seus colegas. Ele chega ao topo dessa colina com a intenção de desistir de tudo, mas é impedido por uma misteriosa figura que parece voar por ali. Essa pessoa é a "Anônima", que escuta sobre os problemas de Tasuku e o acolhe nesse lugar, aonde ele conhece várias outras pessoas que o frequentam.
"Our Dreams at Dusk" é o mangá perfeito quando se trata de representação da comunidade LGBTQIA+. Aqui temos um grupo diverso de personagens de várias identidades de gênero e sexualidades, contanto até mesmo com uma personagem assexual e arromântica, algo muito raro de se ver. Todos formam uma rede de apoio muito acolhedora aonde todos são aceitos, apesar de o mundo lá fora não ser nada gentil. Por trás do mangá também existe representatividade, pois Yuhki Kamatani se identifica como x-gender (termo para não-binário usado no Japão) e assexual.